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O meu coração não cabe em mim Vai mais longe, vai procurar outro lugar Além do que posso ver, tocar Foi feito pra ir bem mais além Além do que posso compreender Transcende o que sou, na rota do eterno quer seguir Não posso negar O meu coração tem saudades do céu Do brilho que nasce dos olhos de Deus Lareiras de amor que aquecem meu ser Deseja voltar Entrar nas varandas do santo lugar Nos braços de Deus ver nascer as manhãs Ouvir seus segredos sem nada dizer Mas sabe esperar E busca fazer este céu ser aqui Até vir o dia em que vai retornar E como criança a dizer: Meu Pai, eu senti tanta saudade! O meu lugar é o céu!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O valor do toque


O valor do toque
A privação do contato físico causa diversos distúrbios emocionais e físicos
Sempre e de alguma forma, no reino animal, os filhotes quando nascem são cercados de cuidados, de atenção e proteção. Os gatinhos, cachorrinhos, leõezinhos recebem várias lambidas de suas mães, elas os aconchegam junto de si a fim de aquecê-los. As aves colocam seus filhotes embaixo de suas asas; outras mães entregam os filhotes aos cuidados dos pais e partem em busca de alimento para o sustento deles. Conforme eles vão se desenvolvendo esses cuidados vão diminuindo até que se tornem capazes de lutar pela própria sobrevivência; no entanto, alguns continuam vivendo junto ao seu bando.
A partir dessas informações, vamos refletir sobre a importância do afeto e da proteção na vida dos seres humanos. Um pouco diferente dos nossos amigos animais, parece que as pessoas necessitam constantemente deste calor humano. Diversas pesquisas revelam que o contato físico, o toque, o olhar e a proteção – transmitidos por gestos concretos – favorecem o desenvolvimento físico, psíquico e espiritual do ser humano.
Spitz, em pesquisas com bebês institucionalizados, com ou sem a presença de suas mães, chega à conclusão de que aqueles que não são levados ao colo para serem amamentados, – e que são deixados por longo período sozinhos em seus berços – desenvolvem o que se chama de marasmo, um estado de letargia, de não-expressão, e podem até chegar a óbito precoce, sem causa específica.
Winnicott, ao estudar crianças abandonadas, órfãs da II Guerra Mundial, observa que o nível de delinqüência e agressividade é altíssimo entre elas. Entretanto, pesquisas atuais revelam que crianças – em condições semelhantes às estudadas por Winnicott –, mas que receberam auxílio por meio de pessoas que as acolheram, dispensando-lhes cuidados físicos e emocionais, desenvolveram habilidades sociais e perspectivas de um futuro construtivo e força para enfrentar as adversidades oferecidas pela vida, de forma a se tornarem pessoas mais humanas e altruístas.
A pesquisadora americana Tiffany Field demonstra, a partir de suas pesquisas, que o toque, o contato físico, além de aliviar o estresse e a ansiedade, também diminui a criminalidade. A privação do contato físico causa diversos distúrbios emocionais e de sono, abuso de álcool e drogas. E a falta de sono leva à irritabilidade, fato que afeta o sistema imunológico e favorece o aparecimento de diversas doenças, como diarréias, prisão de ventre e infecções respiratórias.
A partir desses fatos citados, basta nos perguntarmos: Como estou me relacionando com as pessoas, principalmente, com as mais próximas? Eu já abracei alguém hoje? Liguei para alguém a fim de saber como ele está? Se não, não perca tempo, abrace, beije, brinque, acaricie, sorria... Você não se arrependerá de fazer isso e viverá mais, feliz e saudável.
Mara Silvia M. Lourenço*maracn@itelefonica.com.br

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